domingo, 31 de março de 2013

Água

São Francisco 



Os rios que fazem parte da caatinga brasileira são, em maioria, intermitentes ou temporários. Isto quer dizer que estes rios secam em períodos em que não chove. No caso deste bioma, onde há escassez de chuva durante maior parte do ano, os rios que nascem na região ficam secos por longos períodos.

Rios que nascem em outros lugares, como o São Francisco e o Parnaíba, são fundamentais para a vida na caatinga, pois atravessam os terrenos quentes e secos em seu caminho para o mar. Estes rios são tão importantes que deram nome a duas bacias hidrográficas que banham o território: a Bacia do Rio São Francisco e a Bacia do Rio Parnaíba. A Bacia Costeira do Nordeste Oriental também está localizada nesta região.

Para enfrentar a falta de água nas estações secas, os moradores da caatinga constroem poços, cacimbas e açudes. Mesmo com estes mecanismos, na maior parte das vezes, só conseguem obter água salobra, imprópria para consumo.

Relevo




O relevo da caatinga apresenta duas formações dominantes: planaltos e grandes depressões. Como você já viu, são comuns fragmentos de rochas na superfície do solo. Nas regiões mais altas, estes fragmentos também existem. É comum olhar para planaltos nordestinos e ver em seus topos grandes pedras, parecendo que irão rolar a qualquer momento! Mas fique tranqüilo, pode passear pela caatinga sem medo, pois estas pedras são normais no relevo deste bioma.

As depressões são terrenos aplainados, normalmente mais baixos que as áreas em seu entorno e que podem apresentar colinas. As maiores depressões da região são a Sanfranciscana, a Cearense e a do Meio Norte.

Situado nos estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Alagoas, o planalto da Borborema  é uma formação que se destaca, com altitudes variando em média entre 650 e 1000 metros. Em alguns pontos, esta marca é ultrapassada: o pico de Jabre, na Paraíba, chega a 1.197 metros e o pico do Papagaio, em Pernambuco, a 1.260 metros.

O planalto é uma grande barreira para as nuvens carregadas de umidade que vêm do oceano Atlântico em direção ao interior. Quando essas nuvens encontram este "paredão", elas se condensam, provocando chuvas nas regiões mais baixas do lado oriental do planalto, ou seja, o lado voltado para o oceano. As nuvens não conseguem ultrapassar o planalto da Borborema. Isto dificulta a ocorrência de chuvas do lado ocidental, que é marcado pela seca. Este lado seco é o que faz parte do bioma caatinga.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Curiosidades sobre a caatinga:



-Caatinga (do Tupi-Guarani: caa (mata), tinga (branca) = mata branca)·referência à vegetação sem folhas que predomina durante a época de seca.

-É o único bioma exclusivamente brasileiro, grande parte de seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do mundo.

-A Caatinga compreende quase 10% de todo território nacional, com aproximadamente 740 000km².

-Uma área da caatinga mais conservada pode abrigar cerca de 200 espécies de formigas, enquanto nas mais degradadas há de 30 a 40.
 Estudos recentes mostram que cerca de 327 espécies animais são endêmicas (exclusivas) daCaatinga. São típicos da área 13 espécies de mamíferos, 23 de lagartos, 20 de peixes e 15 de aves. Entre as plantas há 323 espécies endêmicas.
· A Caatinga compreende quase 10% da área total do território brasileiro, com aproximadamente 740.000 km2.

· Uma área de Caatinga mais conservada pode abrigar cerca de 200 espécies de formigas, enquanto nas mais degradadas há de 30 a 40.

· Cerca de metade da paisagem de Caatinga já foi deteriorada pela ação do homem. De 15% a 20% do bioma estão em alto grau de degradação (com risco de desertificação).

· Vive na Caatinga a ave com maior risco de extinção no Brasil, a ararinha-azul (Anodorhynchus spix), da qual só se encontrou um único macho na natureza. Também vive ali a segunda mais ameaçada do país, a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari). Habitam os arredores de Canudos (BA), e há menos de 150 exemplares, um décimo da população ideal no caso de aves, que demoram a se reproduzir.

· Uma formação de relevo característica na depressão nordestina é o 'inselberg', bloco rochoso sobrevivente ao desgaste natural.

· Na estação seca a temperatura do solo pode chegar a 60ºC.

· A perda das folhas da vegetação da Caatinga é estratégica. Sem folhas, as plantas reduzem a superfície de evaporação quando falta água.

· No idioma tupi, Caatinga quer dizer Mata Branca, referência à vegetação sem folhas que predomina durante a época de seca.
-Cerca de metade da paisagem da Caatinga for deteriorada pela ação do homem.

De de 15 a 20% do bioma estão em alto grau de degradação (com risco de desertificação).

-Ela se localiza em todo território Nordestino.



 Estudos recentes mostram que cerca de 327 espécies animais são endêmicas (exclusivas) da Caatinga. São típicos da área 13 espécies de mamíferos, 23 de lagartos, 20 de peixes e 15 de aves. Entre as plantas há 323 espécies endêmicas.
· A Caatinga compreende quase 10% da área total do território brasileiro, com aproximadamente 740.000 km2.

· Uma área de Caatinga mais conservada pode abrigar cerca de 200 espécies de formigas, enquanto nas mais degradadas há de 30 a 40.

· Cerca de metade da paisagem de Caatinga já foi deteriorada pela ação do homem. De 15% a 20% do bioma estão em alto grau de degradação (com risco de desertificação).

· Vive na Caatinga a ave com maior risco de extinção no Brasil, a ararinha-azul (Anodorhynchus spix), da qual só se encontrou um único macho na natureza. Também vive ali a segunda mais ameaçada do país, a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari). Habitam os arredores de Canudos (BA), e há menos de 150 exemplares, um décimo da população ideal no caso de aves, que demoram a se reproduzir.

· Uma formação de relevo característica na depressão nordestina é o 'inselberg', bloco rochoso sobrevivente ao desgaste natural.

· Na estação seca a temperatura do solo pode chegar a 60ºC.

· A perda das folhas da vegetação da Caatinga é estratégica. Sem folhas, as plantas reduzem a superfície de evaporação quando falta água.

Formações arbóreas na Caatinga


Adaptações das plantas Para sobreviver ao período seco do ano, as espécies vegetais da caatinga desenvolveram estratégias como xerofilia (tolerância a seca), microfilia (folhas pequenas) ou transformadas em espinhos para evitar a perda de água, suculência e presença de raízes tuberosas para armazenamento de água, o que permite a rebrota da planta mesmo após longos períodos de falta de água ou mesmo intervenções antrópicas.
 

As formas de vida vegetal são das mais variadas e com uma rica biodiversidade e endemismo. São encontradas não só espécies arbóreas e arbustivas como também herbáceas, lianas e principalmente cactáceas. Os estratos arbóreos e arbustivos, que dão a feição característica da caatinga, têm como família de maior diversidade a Leguminosae, como exemplo temos: a catingueira (Caesalpinia pyramidales); o sabiá (Mimosa caesalpiniifolia); o angico (Anadenanthera colubrina); as juremas preta e branca (Mimosa tenuiflora e M. artemisiana) entre outras. Espécies arbóreas raras hoje na paisagem e de grande valor são: Ipê roxo (Tabebuia impetiginosa) e cumaru (Amburana cearensis); aroeira (Myracroduon urundeuva), sendo a última pertencente à lista oficial de espécies brasileiras ameaçadas de extinção. Nesse estrato encontramos ainda a palmeira endêmica e símbolo do Ceará, a carnaúba (Copernicia prunifera) que possui grande valor cultural e econômico.

Ipê roxo


O estrato herbáceo é constituído principalmente por ervas anuais (terófitas) e geófitas que aparecem apenas na curta estação chuvosa, sendo considerado por alguns estudos como mais diverso que a flora lenhosa. Entre as espécies temos: a malva branca (Wissadula SP); malícia (Mimosa pudica) e jitirana (Ipomoea sp.).

 malva branca (Wissadula SP); malícia (Mimosa pudica)


As cactáceas constituem um importante elemento da paisagem, com seus caules suculentos e cobertos por espinhos. Foram registradas para a caatinga 58 espécies das quais 42 são endêmicas, entre elas os principais gêneros são: coroa-de-frade (Melocactus); mandacaru (Cereus jamacaru); facheiro (Pilosocereus); e palma (Tacinga), sendo este último endêmico.

mandacaru, coroa-de-frade, palma.



A conservação de toda essa rica biodiversidade de formas vegetais da caatinga possibilitará a permanência de uma fauna igualmente rica, que depende direta e indiretamente dos recursos vegetais e da geração de diversos serviços ambientais diretos e indiretos, assim como são essenciais para uma sadia qualidade de vida do homem e para a manutenção do equilíbrio do planeta.



quarta-feira, 27 de março de 2013

Bola como proteção:




O tatu-bola é o menor do Brasil – pode medir, no máximo, 50 centímetros – e é o mais ameaçado. Sua caça já o fez desaparecer de vários Estados, já que muitos apreciam sua carne, considerada uma iguaria.
Ainda segundo a Associação Caatinga, o tatu-bola não escava buracos como muitos pensam e, sim, aproveita as tocas abandonadas que encontra na natureza para se esconder dos possíveis predadores. Ao perceber a presença de onças ou raposas, por exemplo, seu corpo se contorce e ele esconde as partes frágeis como o tronco, a cabeça e as patas no interior de uma dura carapaça – que se fecha e fica em formato de bola.
“Os tatus são dotados de três cintas móveis, de onde origina o nome tricinctus. Eles têm hábito noturno e alimentam-se basicamente de cupins, formigas e frutas”, segundo a ONG.

Tatu-bola da caatinga é escolhido como novo mascote da copa.

Especie exclusiva brasileira.


A escolha do mascote para copa do mundo, que será realizada no país em 2014, pode mudar a realidade de um animalzinho genuínamente brasileiro e que corre sério risco de extinção. Trata-se do tatu-bola (Tolypeutes tricinctus), que agora ocupa lugar cativo nos noticiários e será oficialmente anunciado pela Fifa neste domingo como símbolo do Mundial.
Para ambientalistas, a escolha do animal, que apenas é encontrado na caatinga e cerrado do Brasil, representa uma vitória, pois veem uma oportunidade única de discutir os meios de garantir a preservação da espécie.


Mas de onde veio a ideia de indicar o tatu-bola como mascote? A iniciativa foi da Associação Caatinga, sediada no Ceará, e que há 14 anos trabalha em prol da preservação da natureza. A ONG lançou uma campanha sugerindo o bicho como mascote, em fevereiro deste ano, e conseguiu apoio expressivo na mídia e em redes sociais. ”A escolha deste animal, dentre tantas outras espécies silvestres, surgiu devido à habilidade que ele tem de se curvar sobre si mesmo, protegendo-se quando ameaçado, assumindo a forma de uma bola”, destaca a entidade.
A ONG também viu uma oportunidade de ressaltar a beleza e curiosidades sobre o animalzinho. “É uma espécie só nossa, de comportamento tão peculiar, que poderia agregar a Copa, mostrando ao mundo a nossa rica natureza e o nosso compromisso com a biodiversidade, sensibilizando o povo brasileiro para a necessidade de cuidado e proteção da natureza.”

Flora:


A flora da caatinga é tão marcante na paisagem que dela derivou o próprio nome do bioma (caatinga, do tupi = mata branca), assim chamada pelos índios pela sua característica marcante, a de perder as folhas no período de estiagem exibindo um emaranhado de troncos tortuosos e esbranquiçados.



Transição entre o período seco e chuvoso na Caatinga, um dos fenômenos mais interessantes desse bioma.




A vegetação, na maioria das vezes, apresenta uma forma arbustiva, composta por espécies lenhosas de baixo porte (geralmente até 5 m de altura) entremeadas por cactáceas e bromélias terrestres, porém a caatinga compreende também uma forma de vegetação de porte mais elevado e denso que é a chamada caatinga arbórea, com espécies de mais de 20 metros de altura, raríssimas atualmente devido a exploração histórica desenfreada.

   





segunda-feira, 25 de março de 2013

Fauna:

Tatu-peba



A fauna possui baixas densidades de indivíduos e poucas espécies endêmicas. Apesar da pequena densidade e do pouco endemismo, já foram identificadas 17 espécies de anfíbios, 44 de répteis, 695 de aves e 120 de mamíferos, num total de 876 espécies de animais vertebrados, pouco se conhecendo em relação aos invertebrados. Descrições de novas espécies vêm sendo registradas, indicando um conhecimento botânico e zoológico bastante precário deste ecossistema, que segundo os pesquisadores é considerado o menos conhecido e estudado dos ecossistemas brasileiros.
Na Caatinga vive a ararinha-azul, ameaçada de extinção. O último exemplar da espécie vivendo na natureza não foi mais visto desde o final de 2000. Outros animais da região são o sapo-cururu, asa-branca, cutia, gambá, preá, veado-catingueiro, tatu-peba e o sagui-de-tufos-brancos, entre outros.

Clima:

o solo é raso, pedroso e salgado, também é composto por diferentes tipos de rochas.




O clima da Caatinga é semiárido quente com uma estação seca extensa de até oito meses. As chuvas ocorrem no início do ano mais a seca volta rápido , ou seja, surgem pequenas plantas e as árvores ficam cobertas de folhas existem áreas do sertão que já ficaram sem chuva por mais de três anos. Este clima particular dentro dos trópicos (normalmente úmidos) é devido a influência de massas de ar continentais equatoriais secas e a presença de centros de alta pressão, formados no Atlântico, que durante o inverno invadem os sertões secos. Devido a proximidade do Equador, as temperaturas médias estão constantemente em torno de 26°C, com precipitações médias anuais de apenas 600 mm. A maioria dos rios secam no inverno.


domingo, 24 de março de 2013

Localização


O bioma Caatinga abrange cerca de 850.000 km2, o que representa 10% do território brasileiro. Se localiza no sertão da região nordeste do Brasil, nos estados de Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. È cercado pelos biomas da Mata Atlântica e do Cerrado.



O que é a Caatinga?






 Caatinga (do tupi: caa (mata) + tinga (branca) = mata branca) é o único bioma exclusivamente brasileiro, o que significa que grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do planeta. Este nome decorre da paisagem esbranquiçada apresentada pela vegetação durante o período seco: a maioria das plantas perde as folhas e os troncos tornam-se esbranquiçados e secos. A caatinga ocupa uma área de cerca de 850.000 km², cerca de 10% do território nacional, englobando de forma contínua parte dos estados da Paraíba, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia (região Nordeste do Brasil) e parte do norte de Minas Gerais (região Sudeste do Brasil).


As principais características da caatinga são:


- forte presença de arbustos com galhos retorcidos e com raízes profundas;
- presença de cactos e bromélias;
- os arbustos costumam perder, quase que totalmente, as folhas em épocas de seca (propriedade usada para evitar a perda de água por evaporação);
- as folhas deste tipo de vegetação são de tamanho pequeno.



Biodiversidade:



Ao contrário do que muitos pensam, a Caatinga apresenta grande variedade de paisagens, relativa riqueza biológica e endemismo. Até agora foram identificados 1.200 espécies de plantas vasculares, 185 espécies de peixes, 44 lagartos, 47 cobras, 4 tartarugas, 3 crocodilos, 49 anfíbios, 350 pássaros e 80 mamíferos. A porcentagem de endemismo é muito alto entre as plantas vasculares (aprox. 30%) e um pouco menor no caso dos vertebrados (até 10%). A maioria dos animais da Caatinga tem habitos noturnos.


Vegetação:

A vegetação predominante da Caatinga é do tipo Savana Estépica (estacional - decidual). Esta floresta aberta, muitas vezes seca apresentando três estratos diferentes: arbóreo (8 a 12 metros), arbustivo muitas vezes com a presença de suculentas / cactáceas e bromeliáceas (2 a 5 metros) e o herbáceo (abaixo de 2 metros).



Solo: 


A falta de capacidades de armazenagem da água, devido a solos rasos e pedregosos, dificulta ainda mais a situação. Por outra parte, os solos da Caatinga são bastant férteis (diferente do Cerrado). Por isso, a melhor época para turismo é o período de chuvas quando a Caatinga se transforma em um verdadeiro jardim.



Geologia / Geomorfologia: 

A Caatinga se desenvolve sobre terrenos pré - cambrianos da Província Borborema, no norte do Escudo Atlântico. Está repleta de granitóides (plutóns) neoproterozóicos que intrudiram a província durante a colisão de blocos continentais, na gênese de Gondwana - Ocidental (Ciclo Brasiliano - Pan Africano).